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Brasil é a “grande alternativa” do novo mercado, avalia Alckmin

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Presidente em exercício falou a empresários durante evento na CNI

O atual Presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, dia 15, que a dinâmica global coloca o Brasil como a principal opção em um mercado que, cada vez mais, busca produtos que não apenas possuam qualidade e preços competitivos, mas também sejam ecologicamente compatíveis.

Durante sua participação na conferência sobre “Empoderamento Estratégico e a Nova Transformação Verde do Brasil” organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, Alckmin elencou diversos fatores que conferem vantagens competitivas ao Brasil, que já ocupa a quinta posição no ranking de atração de investimentos diretos.

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No contexto ambiental, especialmente levando em consideração a crescente percepção, especialmente por parte das nações mais desenvolvidas, dos impactos adversos no clima, o Brasil, juntamente com outros países detentores de florestas em seu território, passa a contar com vantagens até então inéditas, afirmou Alckmin.

“O questionamento costumava ser ‘onde posso fabricar com eficiência e custos reduzidos?’ Hoje, a questão é ‘onde posso fabricar com eficiência, custos reduzidos e mitigação de emissões de carbono?’ Nesse aspecto, o Brasil assume a posição de destaque. Temos uma grande oportunidade diante de nós. Já estamos classificados como o quinto país do mundo em termos de atração de investimentos diretos e esse potencial pode expandir consideravelmente. A trajetória para a nova industrialização abraça justamente a inovação e a sustentabilidade”, declarou o presidente em exercício.

Referindo-se ao Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), que tem desenvolvido pesquisa e criação de novos produtos utilizando matérias-primas provenientes da região amazônica há mais de duas décadas, Alckmin salientou o papel significativo desempenhado por esse centro no cenário atual. O CBA se concentra na produção de alimentos, bebidas, medicamentos, cosméticos e produtos farmacêuticos, ao mesmo tempo em que oferece capacitação para moradores de comunidades tradicionais.

“Estamos adotando um novo modelo e acordo de gestão em parceria com o CBA, com o objetivo de avançar ainda mais na transformação da biodiversidade amazônica em oportunidades de emprego e renda. O objetivo é transformar essa riqueza em patentes, negócios e produtos”, acrescentou.

Alckmin destacou que atualmente o mundo depende primordialmente de três florestas tropicais, localizadas no Brasil, Congo e Indonésia, sendo a Floresta Amazônica a mais extensa e relevante.

Ele também mencionou os esforços do governo em prosseguir com a titulação de terras e combate ao desmatamento, reforçando a importância da descarbonização.

“Nesse âmbito, já obtivemos sucesso com o biodiesel. No primeiro mandato do presidente Lula, lançou-se o programa B3, que substituiu 3% do diesel por biocombustíveis vegetais, como soja, mamona, dendê, girassol e gordura animal. O programa obteve êxito e evoluiu para B7, B10, B13, chegando até B15. Embora o programa tenha sofrido redução temporária, a trajetória de aumento foi retomada, e temos planos de alcançar até B20 no futuro”, lembrou.

Alckmin reforçou que o Brasil agora não importa mais óleo diesel, reforçando a estratégia de progressivamente substituí-lo por óleo vegetal produzido internamente, como o óleo de soja.

“O etanol também é uma realidade proeminente. O veículo flex é uma inovação nacional e nossa gasolina já contém 27% de etanol, com planos para aumentar para 30%. Como resultado, emitimos menos poluentes. Quando consideramos todo o ciclo de vida, o etanol puro polui menos do que um carro elétrico, uma vez que é necessário avaliar a produção da bateria elétrica e a energia utilizada em sua fabricação”, argumentou ele, reiterando que o biodiesel e o etanol oferecem vastas oportunidades para o futuro do país.

“Globalmente, a aviação tende a adotar combustíveis sustentáveis em substituição ao querosene, e tanto o Brasil quanto os Estados Unidos desempenham papéis-chave nessa esfera. Se nos destacarmos em pesquisa e inovação, estaremos à frente desse cenário”, completou.

Fonte: Agência Brasil

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