Tarifas de importação de aço sobem em outubro: Indústria busca competitividade
No próximo mês, uma mudança significativa afetará a importação de aço no Brasil. Doze produtos que desfrutavam de uma tarifa de importação reduzida de 10% desde o ano passado verão suas alíquotas originais restauradas, variando de 9,6% a 12,8%. Essa decisão foi aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) nesta terça-feira (19), antecipando o fim do benefício, que originalmente estava programado para 1º de janeiro e agora será encerrado em 1º de outubro.
Essa medida responde a um apelo dos fabricantes nacionais de aço, que poderão competir de maneira mais justa com os produtores internacionais. Recentemente, países como a China inundaram o mercado brasileiro com aço a preços abaixo do mercado, devido ao aumento das tarifas de importação impostas por governos como o México e os Estados Unidos.
Os doze produtos afetados por essa mudança incluem bobinas grossas, três tipos de bobinas a quente, dois tipos de bobinas a frio, chapas galvanizadas, chapas revestidas de alumínio e zinco, fios-máquina, barra inox a frio e dois tipos de tubos sem costura.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), somente no primeiro semestre deste ano, o país importou 1,5 milhão de toneladas desses produtos, com um aumento de até 714% em relação ao primeiro semestre de 2022, dependendo do item.
Além disso, na próxima reunião em outubro, o Gecex irá avaliar o pedido do Ministério da Saúde para retirar 221 produtos da Lista Covid, que foi criada no início da pandemia da covid-19 para permitir a importação emergencial de insumos para o combate à doença com alíquotas reduzidas. O Ministério solicitou a permanência na lista de apenas oito dos 229 itens originais, incluindo medicamentos e dispositivos médicos.
Fonte: Agência Brasil