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Polícia Federal desmantela rede milionária de contrabando de ouro venezuelano

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A Polícia Federal (PF) anunciou hoje a Operação Eldorado, uma ação destinada a deter os líderes de um gigantesco esquema de contrabando e venda de ouro venezuelano, extraído ilegalmente de garimpos. O valor movimentado pelo esquema é estimado em quase R$ 6 bilhões.

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O esquema envolve a entrada clandestina do minério no Brasil, usando-o como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas. Além disso, os principais suspeitos também estão envolvidos na exploração ilegal de ouro em Terras Indígenas Yanomami (TIY) e em garimpos em outros estados brasileiros.

A Operação Eldorado inclui a execução de dois mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão em Roraima, Amazonas, Goiás e no Distrito Federal. Esses mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Boa Vista-RR.

De acordo com a Polícia Federal, as transportadoras contratadas pelos suspeitos ocultavam o ouro contrabandeado da Venezuela dentro de caminhões, que ingressavam em Roraima sem os procedimentos legais e sem o pagamento de tributos devidos. Posteriormente, o minério era adquirido por outros membros do esquema e entregue a empresas especializadas na exploração de minério aurífero, que realizavam o pagamento a supermercados e distribuidoras de alimentos.

Além dos mandados de prisão e busca, a Justiça determinou o congelamento de ativos no mercado financeiro, bem como de veículos e aeronaves pertencentes aos envolvidos.

Em 2023, a PF e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) têm coordenado operações para combater a exploração ilegal em Terras Indígenas Yanomami, resultando na destruição de acampamentos, maquinário e combustíveis usados em garimpos ativos na região. Também foram descobertas pistas clandestinas próximas à reserva indígena em Roraima, além do desmantelamento de uma oficina clandestina na mata, que fazia a manutenção de aeronaves usadas no garimpo ilegal.

A PF também bloqueou recursos financeiros para desestabilizar os grupos criminosos por trás do financiamento da logística do garimpo ilegal. Além das ações de combate à criminalidade na TIY, a PF investiga centenas de suspeitos envolvidos na cadeia produtiva criminosa da região, incluindo membros de facções criminosas e grupos econômicos.

Com base em informações da Polícia Federal.

Fonte: Agência Brasil

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