O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou na terça-feira (19) um ambicioso projeto chamado Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que visa apoiar e incentivar ações educacionais nos estados e municípios do Brasil.
Durante o Seminário Nacional Pela Alfabetização em Brasília, Santana destacou a importância de criar uma grande aliança nacional para aprimorar a qualidade da aprendizagem infantil no país. Até o momento, todos os estados brasileiros e 97,1% dos municípios aderiram ao programa, que conta com um investimento planejado de R$ 3 bilhões ao longo de quatro anos.
O principal objetivo do programa é garantir que todas as crianças brasileiras estejam alfabetizadas até o final do 2° ano do ensino fundamental. Além disso, ele busca recuperar as habilidades de leitura e escrita das crianças matriculadas nos 3°, 4° e 5° anos que foram afetadas pela pandemia.
Santana também enfatizou o desejo de apoiar estados que ainda não implementaram o programa e continuar a parceria com organizações não governamentais. Ele ressaltou que essa política visa a estimular a permanência dos alunos nas escolas, pois evidências mostram que a alfabetização na idade certa melhora o desempenho acadêmico ao longo dos anos, reduzindo a evasão e o abandono escolar.
O Criança Alfabetizada promove a cooperação entre estados e municípios, permitindo que eles desenvolvam políticas locais de alfabetização de acordo com suas necessidades específicas. A União, por sua vez, oferece apoio técnico, coordenação e assistência financeira.
Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021 indicam que 56,4% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados na idade correta.
O Seminário Nacional pela Alfabetização é uma iniciativa dos estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe, com o apoio da Associação Bem Comum, da Fundação Lemann e do Instituto Natura.
Além disso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também participou do seminário, enfatizou a necessidade de políticas públicas educacionais levarem em consideração as diversas realidades das crianças brasileiras, incluindo fatores raciais e territoriais.
Anielle compartilhou sua própria história de superação e destacou o impacto transformador da educação em sua vida. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, enfatizou a importância da educação como um instrumento poderoso na luta contra a fome e a pobreza.
Fonte: Agência Brasil